sábado, 27 de julho de 2019

Notícia boa do Jornal da USP: Dossiê apresenta pesquisas e projetos de extensão sobre autismo


Entre outros assuntos, textos abordam atendimento a crianças e uso de música na terapia do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Por  - Editorias: Ciências da Saúde - URL Curta: jornal.usp.br/?p=257045



O Portal de Divulgação Científica do Instituto de Psicologia (IP) da USP (psico.usp) acaba de lançar o Dossiê Transtorno do Espectro Autista. A página na internet contém textos que introduzem o conceito, diagnóstico, legislação, inclusão, processo de aprendizagem, ciência aplicada, metodologia e possibilidades de tratamento para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O dossiê foi produzido a partir de entrevistas com pesquisadores e descreve estudos e projetos sobre o tema realizados no IP, podendo ser acessado neste link.
Entre os textos do dossiê, estão Um espaço para o autismo dentro do IPUSP, que apresenta o Centro para o Autismo e Inclusão Social (CAIS), projeto de extensão realizado no IP, Um projeto científico reestruturador, que explica o uso de análise de sistemas comportamentais para estruturar o atendimento a crianças autistas no CAIS, e Lei do risco psíquico para bebês falha ao não trazer ações práticas, que discute a prevenção do autismo. Também podem ser lidos textos sobre trabalhos de pesquisa, como A importância da terapia com canções em crianças com autismo e Crianças e animais na terapia assistida. No próximo semestre, novos estudos serão incluídos no dossiê.

O dossiê faz parte do projeto de divulgação científica produzido com estagiários, estudantes de Letras, e tem o papel de difundir à população os trabalhos e pesquisas realizados no IP. O material dá prosseguimento a uma série de conteúdos digitais editados pelo boletim informativo IP Comunica. A produção das matérias contou com a colaboração dos professores Francisco Baptista Assumpção Junior, Marcelo Fernandes da Costa e Maria Martha Costa Hübner, que deram consultoria técnica.
Mais informações: e-mail ipcomunica@usp.br
Link para os dossiês:


É FATO ou FAKE? Ao menos uma boa notícia

https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2019/07/26/e-fake-que-reforma-da-previdencia-retira-pensao-por-morte-de-dependentes-com-sindrome-de-down-e-autismo.ghtml

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Autismo: Guia Essencial para Compreensão e Tratamento

Acabei de pedir o meu via Amazon. Depois de lê-lo farei uma resenha.


Senado aprova inclusão de perguntas sobre autismo no Censo

Medida agora segue para sanção presidencial

Publicado em 02/07/2019 - 21:56
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O Senado aprovou nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei 139/2018 que prevê a inclusão de informações sobre pessoas com autismo nos censos demográficos. O PL é de autoria da deputada Carmem Zanotto (Cidadania-SC) e agora, após a aprovação dos senadores, segue para sanção presidencial.
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) destacou a importância de conhecer o número de autistas no Brasil. “Isso vai nos levar a outras conquistas. A gente precisa mapear essas pessoas. A gente tem todo um trabalho de elaborar as perguntas para obter as respostas que a gente precisa”, disse a senadora. Ela acrescentou que a aprovação dessa lei será um avanço para a inclusão de uma disciplina obrigatória sobre o autismo nas faculdades de medicina.
Já a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) destacou que o governo não deve esperar o resultado do censo para criar políticas públicas direcionadas às pessoas com síndrome do espectro autista. “Temos que explicar para essas mães que para o país ter uma política pública para determinada situação o governo tem que ter apenas o compromisso político e social. Ele precisa fazer a política pública antes de bater na porta e perguntar [se existem autistas na família]”.
O Censo pesquisa, entre outros, temas como características dos domicílios, identificação étnico-racial, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (1º) os questionários que deverão ser aplicados no Censo 2020. Segundo o instituto, o questionário básico, a ser aplicado em cerca de 71 milhões de domicílios, conta com nove blocos, subdivididos em 26 questões. Caso seja sancionada pelo presidente da República, a lei obrigará a inclusão de uma série de perguntas de forma a identificar se há alguém com autismo na família.
Porém:
Depois de aprovada no Senado, governo tenta adiar pergunta sobre autismo no próximo Censo

Livro da Geraldine Dawson e Sally Rogers

Buscando por livros sobre autismo na Amazon, deparei-me com este livro: Autismo. Compreender e agir em família. Já li vários livros da Dawson e da Rogers e gostei. Este o preço me parece um pouco salgado, talvez seja por causa da importação, é edição de Portugal.
Mas para quem está começando no Autismo, deve valer a pena o investimento. Apesar do sem fim de informação na internet, autores experientes sempre podem ser de ajuda.



Ama Bahia


Uma maravilhosa conquista da Rita Valéria e da Ama Bahia. Parabéns!

Quarta, 10 de Julho de 2019 - 19:00

Associação de Amigos do Autista e prefeitura firmam convênio de R$ 380 mil


Pelo menos 236 crianças e adolescentes atendidos pela Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA), serão beneficiados por um convênio firmado entre a entidade e a Prefeitura de Salvador no valor de R$ 380.478,70. A AMA é a única organização da sociedade civil do estado a atender exclusivamente pessoas com autismo.

Segundo a organização, o valor recebido será investido em manutenção e custeio de atividades especializadas para portadores de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
 (...)
Continua no link acima. 

terça-feira, 25 de junho de 2019

Inclusão de dados sobre autismo no censo está na pauta do Plenário

O Plenário do Senado pode votar nesta terça-feira (25) um projeto que determina a inclusão, nos censos demográficos, de informações específicas sobre pessoas com autismo. O PLC 139/2018 busca fornecer dados para embasar políticas públicas voltadas às pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).
O TEA resulta de uma desordem no desenvolvimento cerebral. Engloba o autismo e a Síndrome de Asperger, além de outros transtornos, e acarreta modificações na capacidade de comunicação, na interação social e no comportamento. Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo tenham autismo, sendo 2 milhões delas no Brasil. Porém, até hoje nenhum levantamento oficial foi feito no país para identificar essa população.
O projeto, da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), altera a Lei 7.853, de 1989, para que seja obrigatório que os censos populacionais do país incluam “especificidades inerentes ao autismo”. De acordo com a autora, esses dados são necessários para a implantação mais efetiva de políticas públicas.
Para a relatora, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a experiência dos últimos anos tem demonstrado como é compensador para a sociedade o reconhecimento das pessoas com deficiência como cidadãos, com pleno acesso a seus direitos civis e constitucionais. As políticas públicas, no entanto, precisam de aperfeiçoamento, que passa diretamente pelo conhecimento científico a respeito do grupo, a ser produzido a partir dos censos, sustenta Mara.

“O Estado e a sociedade passarão a dispor de conhecimentos confiáveis sobre as condições e as demandas das pessoas com autismo, distribuídas que estão por todo o território nacional”, diz a relatora. Ela apresentou emenda para ajustar a redação da proposta, para que as pesquisas feitas a partir de 2019 (e não de 2018, como previa o texto original) contenham as questões direcionadas a essa população.

Link para a entrevista com o Dr. José Salomão Schwartzman no programa Profissão Reporter

Ótima entrevista com o Dr. Schwartzman retratando a lamentável situação e descaso com o autismo no país.
(...)
A pessoa com autismo não responde a apenas uma consulta semanal de 40 minutos, por exemplo. Ela precisa ser massivamente trabalhada. Recomenda-se acompanhamento de psicólogos altamente especializados de, no mínimo, 10 a 40 horas semanais.
Também é fundamental o tratamento fonoaudiológico, desenvolvendo a oralidade e métodos alternativos de comunicação, além da terapia ocupacional, trabalhando as dificuldades sensoriais do indivíduo a longo prazo.
O tratamento adequado para autismo é caro. Em São Paulo, por exemplo, tratar corretamente alguém com TEA pode custar até vinte mil reais por mês. O questionamento que se faz é: quem pode pagar por um tratamento desses a longo prazo? A imensa maioria das pessoas que precisa não tem tratamento adequado (conforme mostra o programa desta quarta-feira). O Brasil tem hoje uma política pública que garante à família alguns direitos básicos, mas não há locais de tratamento adequado sem pagamento pelo Sistema Único de Saúde. Hoje, você identifica um monte de casos, mas lamentavelmente não há muito o que fazer com essas pessoas. Ainda não tem alternativa no Brasil, pelo menos do ponto de vista público.
Antes, considerava-se que o autismo atingia uma em cada 10 mil crianças. O número mais recente que se tem hoje é que uma em 59 crianças apresenta o TEA. É um problema premente de saúde pública, que atinge milhões de pessoas. Deixou de ser considerada uma doença rara. O autismo atinge predominantemente os homens, numa proporção de cinco homens para cada mulher afetada pelo transtorno. (...)
Entrevista na íntegra:
https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2019/06/20/neuropediatra-explica-que-autismo-deixou-de-ser-considerado-raro-tem-diagnostico-dificil-e-tratamento-caro.ghtml

Link para o programa Profissão Reporter sobre Autismo.

https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2019/06/20/sem-cura-e-com-tratamento-caro-autismo-e-desafio-para-pais-e-instituicoes-sociais.ghtml

Uma em cada 59 crianças tem algum tipo de transtorno relacionado ao autismo. Este é o número mais recente divulgado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos.
Uma lei de 2012 garante aos autistas o acesso à educação. Os que estiverem matriculados no ensino regular, e que comprovarem necessidade, têm direito a um acompanhante especializado em sala de aula.
A repórter Eliane Scardovelli acompanhou crianças com autismo de graus leve a severo que frequentam uma escola da rede pública municipal de São Paulo. O local possui um treinamento para estagiários, mas não há acompanhante para todos os alunos que necessitam de atenção exclusiva. (...)